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As mulheres no mercado financeiro

Foto do escritor: BALLASTBALLAST

Atualizado: 3 de ago. de 2022

A mulher, que ficava em casa cuidando dos filhos e gerenciando o lar, hoje faz múltiplas tarefas em busca de sua independência financeira e sucesso profissional. Mas mesmo com a inserção da mulher no mercado de trabalho, encontramos profissões nas quais não há equilíbrio entre os gêneros. Ainda é comum ver escolas de engenharia, aeronáutica, gastronomia, tecnologia e finanças com mais alunos do que alunas. Por mais que isso venha mudando ao longo dos anos, a diferença permanece significativa. No mercado financeiro temos o mesmo cenário, apesar da participação feminina ainda ser chamada de novidade. Até 1962, ter conta em banco era um atributo exclusivamente masculino, garantido por lei.


É possível constatar maior presença masculina entre os planejadores financeiros do Brasil através de um levantamento feito a partir dos dados das certificações da Anbima e de outras entidades do mercado. A CFP (Certified Financial Planner) conta com apenas 23% de planejadoras. A maior diferença está na CGA (Certificação de Gestores de Carteiras Anbima), que é voltada a quem atua na gestão de recursos de terceiros (fundos e carteiras administradas, por exemplo). Nela, apenas 6% são mulheres. Segundo os dados, apenas na CPA-10 (Certificação Profissional Anbima Série 10), certificação considerada de base para a inserção na atividade de distribuição de produtos de investimento, as mulheres são maioriacom 58% dos profissionais certificados.


Na outra ponta, ao analisarmos os números de investidores na Bolsa, vemos que as mulheres ainda estão bastante afastadas do nosso mercado de renda variável. Menos de um quarto de todos os CPFs cadastrados para comprar e vender ações no Brasil são de investidoras. Enquanto o número de investidores na Bolsa saltou de 633 mil para 2,1 milhões em 2 anos, o percentual de participação feminina foi de 22% para 24%. Em relação ao valor investido, ficam com uma fatia ainda menor (21%).


Quais os motivos que levam a uma presença tão baixa de mulheres em atividade no mercado financeiro? Como mudar o cenário para que tenhamos mais fundos também geridos por mulheres? Podemos começar falando mais sobre o assunto, de modo a aumentar a familiaridade com o tema, desmistificando termos e siglas. Vemos cada vez mais cursos ligados à educação financeira e investimentos voltados somente para o público feminino. Diversificar a carteira de investimentos inclui diversificar o pensamento de quem toma as decisões sobre o que fazer com o dinheiro.


Existem muitas oportunidades a serem exploradas e esforços já estão sendo realizados com a finalidade de diminuir a diferença de gênero nesse mercado. Muitas instituições têm promovido debates e programas de inclusão para atrair um número maior de mulheres nas funções e nos cargos de destaque em suas equipes. Nós, mulheres, temos tanta capacidade quanto os homens, contribuindo para uma equipe com maior diversidade e equilíbrio. O mercado de trabalho é desafiador, mas sabemos que certamente ainda cabem muito mais assessoras, planejadoras financeiras, gestoras e analistas, assim como diretoras de grandes companhias e engenheiras. Há sempre um lugar ao sol para cada um que busca o sucesso.




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